Chilenos protestam contra sistema da previdência herdado de Pinochet

Aposentadorias pagas são inferiores aos valores prometidos. Pensão média é menor que o salário mínimo.

 

Chilenos protestam contra sistema de previdência (Foto: Martin Bernetti/AFP)
Chilenos protestam contra sistema de previdência (Foto: Martin Bernetti/AFP)

ares de pessoas protestavam neste domingo (26), no centro da capital do Chile, contra o sistema privado de aposentadoria, herdado da ditadura de Augusto Pinochet.

Na primeira grande manifestação do ano em Santiago, milhares de famílias compareceram à avenida Alameda para exigir o fim das chamadas Administradoras de Fundos de Pensão (AFP).

Instauradas pela ditadura de Pinochet em 1981, as AFP administram os fundos de pensão de quase 10 milhões de trabalhadores, com o pagamento de aposentadorias reduzidas a seus afiliados, muito longe da promessa de retribuir com 70% do último salário.

“Vamos acabar com as AFP, gostem ou não gostem”, disse Luis Mesina, coordenador do movimento “No + AFP”.

Em agosto do ano passado, quase 350.000 pessoas se reuniram em Santiago para protestar contra o sistema da previdência que a presidente socialista Michelle Bachelet prometeu modificar e que estabelece a obrigatoriedade a todo trabalhador de destinar 10% de seu salário ao pagamento de sua futura pensão às AFP.

O sistema, pioneiro no mundo ao estabelecer a capitalização absolutamente individual do trabalhador, prometeu no momento de sua implementação uma aposentadoria equivalente a 70% do último salário.

No entanto, mais de três décadas após a promessa, a pensão média é menor que o salário mínimo (quase 400 dólares).

Fonte:http://g1.globo.com

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