Super-ricos ficam com 82% da riqueza gerada no mundo em 2017, diz estudo
Metade mais pobre da população mundial não ficou com nada do que foi gerado no ano passado, diz pesquisa da Oxfam.
A cada dois dias uma pessoa se tornou bilionária entre março de 2016 e 2017
Cerca de 7 milhões de pessoas que compõem o grupo dos 1% mais ricos do mundo ficaram com 82% de toda riqueza global gerada em 2017, aponta um estudo divulgado nesta segunda-feira (22) pela organização não-governamental britânica Oxfam antes do Fórum Econômico Mundial, que ocorre em Davos, na Suíça.
A metade mais pobre da população mundial, por outro lado, não obteve nada do que foi gerado no ano passado. Esse grupo reúne 3,7 bilhões de pessoas, mostra o relatório “Recompensem o trabalho, não a riqueza”.
1 bilionário a cada 2 dias
Número de bilionários no mundo cresce a nível inédito, diz ONG
Entre os mais ricos do mundo, há um grupo ainda mais VIP, formado apenas por bilionários. Segundo o estudo, o número de bilionários registrou o maior crescimento histórico. Entre março de 2016 e março de 2017, o mundo ganhou um novo bilionário a cada dois dias e o grupo somou 2.043 pessoas. A cada 10 deles, nove são homens, ao passo que, entre os mais pobres, a maioria é mulher.
- A variação positiva das principais bolsas de valores do mundo eleva o patrimônio dessas pessoas, que possuem muitos ativos financeiros. “Eles estão mais sujeitos ao sabor das variações na Bolsa”, explica Rafael Georges, coordenador de campanhas da Oxfam.
- A quantidade de distribuição de lucros e dividendos também cresceu e ajudou a levar o patrimônio de ricos ao patamar bilionário. Mas isso, diz Georges, foi feito às custas da precarização de relações trabalhistas. O movimento, conduzido entre 2008, início da crise global, e 2012, foi realizado por cerca de 100 países. Em 2017, chegou atrasado ao Brasil, que colocou sua reforma em prática somente em novembro.
Renda
Super-ricos x super-pobres
Bilionários x super-pobres
No Brasil, os cinco maiores bilionários possuem o mesmo que a metade debaixo da pirâmide econômico.
Fonte: G1