Stf recebe inquérito contra jucá e três parlamentares na operação zelotes
Jucá negou que tenha recebido vantagens para beneficiar empresas no âmbito do Carf
O Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de dois inquéritos na Operação Zelotes para apurar o envolvimento do líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), e outros três parlamentares em fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – tribunal de recursos da Receita. O processo tramita em segredo de Justiça e tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski.
Jucá é alvo de um inquérito 4347 no STF junto com os deputados federais Jorge Côrte Real (PTB-PR) e Alfredo Kaefer (PSL-PR). O senador José Pimentel (PT-CE) passa a ser investigado no inquérito 4346. Ambos os inquéritos foram recebidos hoje pelo STF e estão sob a relatoria de Lewandoski.
As investigações sobre os quatro parlamentares será para apurar se cometeram os crimes de corrupção passiva e prevaricação, em beneficiamento de empresas no âmbito do Carf. A suspeita é de que os parlamentares trabalharam para alterar medida provisória em troca de benefícios.
Jucá já respondia a um outro inquérito na Operação Zelotes e, ao todo, passa a ser alvo de oito inquéritos no Supremo, incluindo a Operação Lava Jato e investigações sobre Belo Monte.
O senador Romero Jucá negou que tenha recebido vantagens para beneficiar empresas no âmbito do Carf.
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“O senador Romero Jucá nega que tenha recebido recursos para beneficiar empresas por meio de medidas provisórias. Em relação a uma acusação específica, o senador anunciou em plenário o veto a uma emenda que supostamente teria sido comprada. Em outra, o próprio acusador do senador já desmentiu a informação e disse que não pagou nenhum valor ao senador”.
A defesa do deputado Alfredo Kaefer também negou irregularidades. O deputado Jorge Côrte Real está em viagem e não foi localizado.
O senador José Pimentel também negou qualquer irregularidade e afirmou que não foi comunicado do inquérito.
“Não fui notificado sobre os fatos que embasaram a decisão do ministro Lewandowski. O que posso dizer, mesmo sem saber do seu conteúdo, é que nunca pratiquei ato ilegal, nem recebi qualquer vantagem indevida no exercício da atividade parlamentar.”
Fonte: Em Foco