Sindicato de auditores fiscais diz que projeto de terceirização prejudica trabalhadores
Em audiência pública na comissão especial da reforma trabalhista, representante do sindicato também afirmou que a proposta vai diminuir salários
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Fernando da Silva Filho, criticou há pouco o projeto que permite o uso de trabalhadores terceirizados em todas as áreas das empresas (PL 4302/98), aprovado nesta quarta-feira (22) pelo Plenário da Câmara.
“Significa prejuízo para trabalhadores, porque o projeto não estabelece igualdade de direitos”, disse. “O projeto legaliza o ilegal”, completou. Ele destacou que o trabalhador terceirizado ganha, em média, 30% menos do que os outros.
Silva Filho afirmou ainda que a reforma trabalhista vai promover diminuição dos salários e diminuição do número de vagas de trabalho em tempo integral, precarizando a vida dos trabalhadores.
Para ele, a proposta também vai incentivar a contratação de mais trabalhadores de tempo parcial pelas empresas, ao permitir que esses empregados trabalhem 32 horas semanais, em vez das 25 horas semanais. “Isso vai reduzir a massa salarial no Brasil”, argumentou. Além disso, segundo ele, o aumento da contratação desse tipo de trabalhador vai reduzir a arrecadação previdenciária e do FGTS.
O sindicalista também criticou o ponto da proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) que permite que as negociações coletivas prevaleçam sobre a legislação. “Isso vai criar uma lei para cada empresa”, opinou. Na visão dele, haverá uma proliferação de ações trabalhistas caso a proposta seja aprovada, na medida em que direitos constitucionais serão desrespeitados nesses acordos.
Fonte: ‘Agência Câmara Notícias‘