Quarta idade: a vida depois dos 80

 

Maria Batista, de 85 anos, não se descuida da saúde

Maria Batista, de 85 anos, não se descuida da saúde – Divulgação/TV Brasil 

Quarta idade. Essa é a classificação etária de quem passou dos 80 anos, um número cada vez maior de pessoas. Pesquisas recentes mostram que já existem 125 milhões de homens e mulheres, em todo o mundo, que ultrapassaram as oito décadas de vida. No Brasil, é a parcela da população que mais cresce. Projeções mostram que, em 2039, teremos mais idosos do que crianças em nosso país. E em 2060, a proporção será de um idoso para cada quatro brasileiros.

 “A tecnologia permitiu, através do saneamento, da água potável, dos antibióticos, da medicina, controlar a morte precoce. Temos todos os métodos para fazer um diagnóstico precoce das doenças crônicas, como a hipertensão e o diabetes. Por outro lado, agora temos tratamentos mais eficazes para essas doenças, que não se pode curar, mas que a gente pode controlar”, explica Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional da Longevidade.

O Caminhos da Reportagem conta a história dessas pessoas e mostra o que elas estão fazendo para ter uma velhice segura, com qualidade de vida e saúde. “O meu sonho é chegar aos 120 anos. Em pé, né, e com a cabeça boa”, sonha, entre sorrisos, Lásaro Antonio de Macedo, de 90 anos. Para alcançar a meta, recorreu ao pilates e não deixa de tomar os medicamentos. Na última consulta foi elogiado pela cardiologista.

Outra que não se descuida da saúde é Maria Batista, de 85 anos. Com a viuvez, foi morar com uma neta. Não se fez de rogada e chegou com a cartilha dos direitos dos idosos. Para ela, que depende do Sistema Único de Saúde e recebe atendimento pelo Programa Saúde da Família, a convivência fica melhor se todos se respeitarem. “Vocês respeitando os meus direitos, eu respeitando os seus, a gente vai longe. É isso aí que a gente tem que fazer para viver em paz e harmonia com todo mundo”, ela fala para a neta.

Nossa equipe também conversou com a atriz Ruth de Souza, primeira mulher negra a pisar no palco do elitizado Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Às vésperas de completar 98 anos, Ruth nem pensa em parar de trabalhar. “O meu trabalho é uma espécie de terapia”, conta. A arte também tem auxiliado Helio Haus a chegar aos 80. Ele começou a dançar balé há cinco anos e todo dia é um novo desafio. “Se eu não tivesse me levantado e dito ‘vai cuidar da tua vida e vai ser ao teu modo’, eu já estaria morto”, afirma, categórico.

O programa ainda presta uma homenagem a Gervásio Batista, o fotógrafo dos presidentes, que nos deixou no começo de abril. Gervásio, que estava com 95 anos, sofria de Mal de Alzheimer e deixou um legado de registros históricos e icônicos.

 

Depois de se aposentar, Hélio decidiu aprender balé
Depois de se aposentar, Hélio decidiu aprender balé – Divulgação/TV Brasil
Fonte: http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/2019/05/quarta-idade-vida-depois-dos-80

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