Petros tem déficit de R$ 23,1 bilhões em 2015

A Petros encerrou o ano de 2015 com déficit acumulado de R$ 23,1 bilhões. A maior parte do resultado negativo se concentra no plano de benefício definido Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), com R$ 22,6 bilhões.

Além do PPSP, a fundação registrou resultados negativos também nos planos de benefício definido Ultrafértil, com déficit de R$ 436,6 milhões; no Lanxess, de R$ 122 milhões; e no plano de contribuição variável Sanasa, de R$ 900 mil. Os dois últimos apresentaram déficit pela primeira vez no exercício de 2015.

De acordo com comunicado da fundação, será elaborado um plano de equacionamento de déficit especificamente para o PPSP. “De acordo com as novas regras de solvência dos fundos de pensão, o valor a ser equacionado é de aproximadamente R$ 16 bilhões, que será dividido entre patrocinadora e participantes num prazo de até 18 anos”. O plano será aplicado somente a partir de 2017.

A fundação explica que o déficit do PPSP se deve, na maior parte, a antigas questões estruturais, como a atualização do perfil familiar e a revisão dos benefícios dos participantes. “Apenas esses dois ajustes elevaram em R$ 8,6 bilhões os compromissos do PPSP. Juntam-se às causas estruturais o resultado negativo líquido de R$ 1,9 bilhão nos investimentos e a alta da inflação, índice utilizado na composição da meta atuarial e no reajuste de benefícios”. O resultado negativo dom plano em 2015, que chegou a R$ 16,4 bilhões, se somou aos R$ 6,2 bilhões do déficit já registrado em 2014.

2016

A Petros informou também que no primeiro semestre de 2016 já obteve resultados positivos, com rentabilidade de 7,88%, acima da meta atuarial calculada em 7,35% para o período. De janeiro a junho, o PPSP obteve rendimento de 17,75% em renda fixa, fator que contribuiu para a rentabilidade de 8,24% do plano, frente à meta atuarial de 7,35% nos primeiros seis meses do ano.

A fundação diz ainda que a participação da carteira de renda variável do PPSP foi reduzida de 53,30% para 41,54%, enquanto as aplicações em renda fixa subiram de 35,69% para 45,85% do total de investimentos.

Fonte: Agência Investidor Online

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