Ipea: extensão do Minha Casa, Minha Vida pode despertar interesse das construtoras

SÃO PAULO – A extensão do programa MCMV (Minha Casa Minha Vida) a municípios de 50 mil habitantes pode aumentar o interesse de construtoras, antes focadas apenas nas cidades maiores, para começarem a atuar em um novo contexto e associadas a instituições financeiras e agentes financeiros do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) detentores dos contratos de financiamentos com os mutuários.

Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), os baixos riscos envolvidos na produção dos empreendimentos e as economias de escala geradas com a realização de empreendimentos simultaneamente em vários municípios são os principais fatores que podem influenciar as construtoras a investirem no programa.

Por outro, devido à provável massificação a ser adotada, podem-se prever prejuízos na adequação de projetos a situações locais, sem falar no atendimento a demandas específicas da maioria dos futuros moradores, aspecto que deveria ser considerado no refinamento das ações do trabalho técnico social.

Proposta de participação no MCMV

De acordo com o estudo do Ipea, mesmo que o poder público apresente propostas de participação no Minha Casa Minha Vida, podendo incluir os projetos urbanísticos e de arquitetura, é muito mais provável que os reais responsáveis pela elaboração dos projetos sejam agentes ou instituições, que são os verdadeiros interessados e beneficiados pelas economias de escala geradas pelo programa.

A possibilidade e apresentação e seleção de propostas elaboradas pelos governos estaduais, beneficiando municípios, deveria motivar a discussão conjunta desses entes em relação a aspectos como a definição da demanda a ser atendida, bem como formas de atendê-la.

Fonte: Infomoney

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