Guedes alerta: se adiada, reforma administrativa terá de ser mais dura
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (05/04) que a reforma administrativa terá que ser “mais dura” se não sair do papel no curto prazo. Por isso, voltou a defender a aprovação da reforma administrativa e também da reforma tributária ainda neste ano pelo Congresso Nacional.
Em live da XP Investimentos, o ministro disse que a proposta de reforma administrativa do governo tem “parâmetros parecidos com os do resto do mundo” e foi “bastante calibrada” para não atingir os direitos dos atuais servidores públicos. “O presidente sempre exigiu que não fosse atingido nenhum direito adquirido”, ressaltou, dizendo que a ideia é estabelecer novas regras de estabilidade para quem ainda vai entrar no funcionalismo.
A reforma administrativa já foi apontada como uma das prioridades do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). No fim de fevereiro, Lira chegou a dizer que seria possível aprovar a reforma administrativa em dois ou três meses. A proposta, contudo, ainda não passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Por isso, o presidente da Câmara já admitiu rever esse prazo. Guedes, por sua vez, disse que o intuito do Congresso é aprovar a reforma ainda neste ano.
Tributária
O ministro ainda defendeu a aprovação da reforma tributária neste ano, como também foi prometido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). “Nossa reforma é relativamente simples e eficaz, simplifica bastante e é uma reforma de coisas que todos vocês esperam, como reduzir imposto sobre pessoas jurídicas”, afirmou Guedes, na live com o mercado financeiro.
“Tudo tem sua ordem. Agora está acontecendo o Orçamento, tem um pipeline de reformas que já estão lá dentro. Assim que desentupir isso, vamos entrando com as outras. A administrativa, por exemplo, está lá, seria um candidato mais fácil de fazer que a tributária”, afirmou o ministro, dizendo que “seria muito bom para o Brasil” ter essas reformas aprovadas neste ano.