Grupo cria campanha pró-reforma da Previdência e pede pressão dos eleitores sobre o Congresso
Ação criada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), um movimento social apartidário, defende idade mínima para a aposentadoria e regras iguais para todos, sem exceções.
Um grupo formado por líderes civis sem filiação a partidos políticos lançou uma campanha para que os brasileiros peçam aos parlamentares que a reforma da Previdência seja aprovada com regras iguais para todos os brasileiros. O grupo também defende a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.
“Essa campanha tem dois pontos inegociáveis: a idade mínima de 65 anos e uma única regra para todos na aposentadoria”, esclarece Luiz Felipe d’Avila, presidente do Centro de Liderança Pública (CLP) e um dos criadores da campanha. “Queremos que todos sejam incluídos. Não pode ficar de fora só quem tem privilégios”, defende.
Vídeo mostra os efeitos do envelhecimento da população para as contas públicas (Foto: Reprodução/Apoie a Reforma)
A ação “Apoie a Reforma” pede à população que cobre os parlamentares para que votem a favor das mudanças. Outro ponto da campanha é esclarecer, por meio de vídeos, como o envelhecimento da população vai aumentar o rombo das contas públicas caso as mudanças não sejam aprovadas.
D’Avila diz que o foco da ação é explicar por que a reforma é necessária para equilibrar o caixa da Previdência Social, que teve um rombo de quase R$ 150 bilhões em 2016.
Na avaliação do criador da ação, há pontos da reforma que ainda podem ser discutidos, como as regras de transição, que criam condições intermediárias para quem tem idade mais avançada chegar à aposentadoria.
PEC 287
A proposta da reforma da Previdência Social foi enviada pelo governo ao Congresso Nacional no fim do ano passado e foi protocolada na Câmara como PEC 287. Além de fixar uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres e trabalhadores rurais, as novas regras, se aprovadas, irão atingir trabalhadores dos setores público e privado.
A proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo federal deixou de fora os militares, que terão suas regras de aposentadoria revistas posteriormente. Os servidores públicos dos estados e municípios terão um prazo de seis meses para atender às novas regras, de acordo com a proposta atual do governo.