Governo quer congelar reajuste de aposentadoria por dois anos
“A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta (de correção). O benefício hoje sendo de R$ 1.300, por exemplo, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção”, disse Rodrigues.
Mas no que depender do presidente do Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), João Batista Inocentini, a proposta não passará. “Já perdemos o ganho real do mínimo, agora querem congelar o aumento? Não vão mesmo”, advertiu Inocentini, que repudia a ideia aventada pelo governo.
“O impacto do congelamento dos benefícios não vai afetar só o bolso do aposentado. Vai refletir diretamente em 80% dos municípios brasileiros, que veem na renda do aposentado a principal forma de sobrevivência”, alerta o presidente do sindicato.
Atualmente, os valores de aposentadorias e pensões são reajustados de acordo com o salário mínimo, ou seja, anualmente. Como a Constituição determina o reajuste do mínimo pelo menos pela inflação, os benefícios também são corrigidos pelo INPC.
Segundo Rodrigues, a ideia é debatida com a Casa Civil e a Cidadania, mas ainda não foi fechada nenhuma decisão sobre a medida.
“Meu marido faleceu em junho deste ano, fiz o comunicado e pedi a pensão por morte. Mas, ao invés de pagar a pensão, suspenderam minha aposentadoria. Para o INSS também estou morta”, lamentou a aposentada.
“Consegui fazer o agendamento na última sexta-feira e minha mãe estava marcada para hoje (ontem) as 11h20 mas não fomos atendidos”, diz o filho da aposentada, Paulo César Correia, 58.
Para ter o benefício restabelecido, Natalícia não precisa passar por perícia médica, mas sim pelo atendimento. Procurado, o INSS informou que está apurando o caso.
Com uma fratura não consolidada na perna e de muletas, Carlos André Silva da Costa, 39 anos, de Queimados, tinha atendimento marcado para concessão do auxílio mas não foi atendido no posto da Baixada. “Sofri um acidente quando estava chegando em casa no dia 14 do mês passado. Liguei e marquei, mas não fui atendido”, lamenta o rapaz, que foi levado ao posto pela chefe dele, Alexandra Carneiro.
“Meu neto está marcado para amanhã (hoje), mas vim ver se vão manter o atendimento”, conta Jorge Luiz Soares, 65, do Irajá. Conforme o previsto, o atendimento na Praça da Bandeira foi desmarcado.