ÉPOCA explorou o universo do lobby em Brasília. Foram milhares de documentos analisados e mais de 120 entrevistas para entender a linha tênue entre a atividade, que aos poucos vai moldando a forma de fazer política, e as práticas corruptas, que atendem a interesses específicos e corrompem agentes públicos.

Νo super-hit House of cards, um personagem lateral está sempre circulando pelos corredores obscuros do Congresso ou pelas salas menos conhecidas da Casa Branca. Trata-se de Remy Danton. Ele fala de projetos de lei, doações para campanhas políticas, mostra os interesses de seus clientes, almoça com políticos e mantém uma relação muito próxima com o político Frank Underwood, interpretado por Kevin Spacey. É a descrição clássica do lobista. A realidade no Brasil é menos hollywoodiana.

Em meio a tantos escândalos, há quem venha adotando distância de lobistas. E há lobistas que preferem se identificar como qualquer outro profissional: relações governamentais, relações institucionais, comunicações, public affairs. Querem esconder a atividade que ganhou esse nome por causa de peticionários que aguardavam no lobby do Willard Hotel, em Washington, que o ex-presidente americano Ulysses Grant (1869-1877) costumava frequentar para tomar brandy e fumar charutos depois do expediente.

O lobby tem como objetivo a defesa de interesses e influenciar a tomada de decisão. No Brasil, a atividade ainda não é regulamentada nem há regras claras sobre esse relacionamento entre poder público, iniciativa privada e outros grupos de pressão. Estima-se que nos Estados Unidos, país com a legislação mais antiga sobre a atividade, o lobby movimente US$ 3,2 bilhões por ano. Mais de 11.400 lobistas estão registrados no Congresso americano.

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Fonte: epoca.globo.com

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