Carlos Henrique Schmidt fala sobre reservas de hotéis para a Copa do Mundo
Após o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, realizado no final do ano passado, o planejamento dos turistas e dos operadores da área passa por um período de readequação. Como já há definição sobre as cidades
que receberão cada partida das 32 seleções, os visitantes passaram a saber as localidades para onde devem reservar hotéis e comprar
passagens aéreas. Com a Match, a agência oficial da Fifa, não é diferente. E, neste caso, sobrou para algumas das sedes, entre elas Porto Alegre. Dos 2,8 mil apartamentos anteriormente solicitados pela empresa na Capital, houve desistência em 40% dos pedidos. Mesmo assim, o setor hoteleiro continua otimista e não acredita em perdas
financeiras ou queda da ocupação durante o período do torneio.
“A maior parte das reservas desbloqueadas são entre os dias que não haverá jogos”, explica o presidente do Sindicato de Hotéis de Porto
Alegre (SHPOA) e superintendente da Rede Plaza de Hotéis, Carlos Henrique Schmidt. O dirigente ressalta ainda que a desistência não é definitiva. Alguns leitos já estão sendo
renegociados com a Match com valores até 20% menores em relação aos contatos iniciais. Os 2,8 mil apartamentos requisitados pela agência
em 36 hotéis de Porto Alegre, durante 15 dias entre junho e julho, representavam apenas 28% da oferta total de leitos existentes na
cidade. Esses espaços são destinados à equipe da Fifa, às delegações, aos árbitros, parceiros comerciais e também turistas que compram os pacotes ofertados pela entidade.
Schmidt diz que não esperava a liberação de mais de 1,1 mil quartos por parte da Match, mas destaca que esses espaços agora voltam a ficar disponíveis no mercado, à espera de torcedores de Argentina, Nigéria,
França, Honduras, Holanda, Austrália, Coreia do Sul e Argélia. Ainda que novos negócios com a Match surjam, o total de apartamentos
ocupados pela operadora não deve voltar ao patamar original. Ao todo, a Capital terá cerca de 10 mil apartamentos até o início da
competição. “Notamos que os dias de jogos e os dias anteriores às partidas terão ocupação máxima. Nas demais datas devemos ter uma
ocupação entre 70% a 80%”, enfatiza o presidente do SHPOA.
Até o momento, a procura tem sido liderada, principalmente, por franceses e argentinos. “Só se nota uma procura mais baixa para o jogo
entre Coreia do Sul e Argélia”, constata. De acordo com Schmidt, nos dias das partidas dos times de Franck Ribéry e Lionel Messi em Porto
Alegre praticamente não há mais vagas disponíveis.
Fonte: Agafisp