Banco Mundial liberará US$ 250 mi para Brasil fazer reforma do Ensino Médio
Cerca de 2,4 milhões de estudantes serão beneficiados pelo primeiro Programa para Resultados do Banco Mundial em parceria com o governo do Brasil. Organismo financeiro investirá 250 milhões de dólares para ajudar o país a realizar a reforma do Ensino Médio.
O projeto combinará dois instrumentos de financiamento: um mecanismo baseado em resultados que desembolsará até 221 milhões de dólares de acordo com os avanços educacionais identificados, com foco na equidade regional e socioeconômica; e uma assistência técnica no valor de 29 milhões de dólares. O programa apoiará as 27 secretarias estaduais de educação na implementação do Novo Ensino Médio.
“A reforma do Ensino médio é a mudança mais estrutural e relevante na educação pública e privada do Brasil das últimas duas décadas e promoverá uma ação transformadora, principalmente para os estudantes mais pobres”, afirma o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho.
“O Novo Ensino Médio vai tornar a escola mais atraente com currículo flexível e articulado com o ensino técnico-profissionalizante e a qualificação. Com isso, possibilitará ao aluno escolher áreas de formação e aprofundamento de acordo com seu projeto de vida”, acrescenta o chefe da pasta.
Para o dirigente, “a nova arquitetura do Ensino Médio brasileiro dará mais liberdade às redes de ensino e escolas para desenvolver as competências básicas requeridas pela base nacional comum curricular”. “Essas medidas são fundamentais para corrigir as desigualdades existentes no sistema educacional e para melhorar o desempenho do país nos indicadores de educação.”
Segundo o Banco Mundial, apesar dos notáveis progressos alcançados no acesso ao Ensino Médio nas últimas duas décadas, a qualidade da educação no Brasil ainda está atrasada em relação a outros países da América Latina e do Caribe. O Ensino Médio no Brasil é caracterizado por baixa eficiência interna, elevadas taxas de distorção idade-série, um dos mais altos índices de repetência e alguns dos menores indicadores de conclusão na região.
“Temos orgulho de apoiar essa reforma educacional histórica no Brasil”, afirma o diretor do Banco Mundial no Brasil, Martin Raiser. “A reforma ajudará a reduzir as desigualdades existentes nos resultados educacionais e a construir o capital humano necessário para o crescimento inclusivo.”
O Banco apoiará a implementação da reforma do Ensino Médio para atingir seus dois principais objetivos: proporcionar flexibilidade ao novo currículo baseado em competências, complementadas por itinerários formativos (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou formação técnica e profissional); e aumentar a carga horária de quatro para cinco horas por dia.
Na avaliação do organismo financeiro, ambas as mudanças visam promover a diversificação do currículo, o desenvolvimento de competências-chave e, consequentemente, diminuir as taxas de abandono e repetência, tornando o Ensino Médio mais relevante e atraente para os jovens brasileiros.
Entre os resultados esperados pelo programa, estão a implementação do Novo Ensino Médio, com equidade regional e socioeconômica; melhorias na qualidade e relevância do aprendizado no Ensino Médio; o aumento das taxas de conclusão escolar; e maior produtividade em prol do crescimento sustentável.
Fonte: nacoesunidas.org