Auditor da Receita que atuou na Lava Jato assume presidência do Coaf
O auditor da Receita Roberto Leonel escolhido por Sérgio Moro para chefiar o Coaf — Foto: Reprodução/TV Globo
Órgão de controle de movimentações financeiras teve estatuto alterado. Conselho terá duas novas diretorias e maior controle sobre divulgação de informações internas.
O auditor-fiscal Roberto Leonel de Oliveira Lima, da área de inteligência da Receita Federal, foi nomeado para ocupar a presidência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A nomeação foi publicada nesta quarta-feira (2) no “Diário Oficial da União”.
O nome de Roberto Leonel para comandar o Coaf já havia sido anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no fim de novembro do ano passado. Atualmente, Roberto Leonel comanda o Escritório de Pesquisa e Investigação (Espei) da 9ª Região Fiscal, em Curitiba, o berço da Operação Lava Jato.
O Coaf é um órgão estratégico de inteligência especializado em investigar movimentações financeiras e de prevenção à lavagem de dinheiro. Antes subordinado ao Ministério da Fazenda, agora ficará sob os cuidados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Além da nomeação de Roberto Leonel, o “Diário Oficial da União” desta quarta trouxe também o novo estatuto do Coaf com algumas novidades, como a criação de duas diretorias – a de Inteligência Financeira e a de Supervisão, que recebem parte das competências do plenário do conselho e da secretaria executiva do órgão.
Efetividade e agilidade
Em entrevista nesta quarta-feira (2), durante a cerimônia de transmissão de cargo de ministro para Sérgio Moro, Roberto Leonel afirmou que pretende aumentar o efetivo do órgão e agilizar a troca de informações.
“A ideia essencial é aumentar o efetivo, aumentar índice de efetividade, maior agilidade na busca das informações, nas informações que estão nos bancos de dados do Coaf chegarem mais rapidamente ao órgãos de execução penal”, disse Leonel.
Sobre o caso do ex-motorista e ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício José Carlos Queiroz, o presidente do Coaf disse que “não pode comentar casos específicos”, mas que se novos pedidos de apuração forem solicitados, o Coaf pode enviar novos dados.
*Colaborou Gabriel Palma, TV Globo
Fonte: G1