Aposentado do INSS vai fazer prova de vida pelo celular
“Estamos fazendo testes em dez municípios brasileiros para só então ampliar para todo o país”, disse.
“Além de usar as digitais também está em fase de implantação o reconhecimento facial, em que segurado faz um vídeo e diz uma palavra e quando acessar o sistema do INSS, ele pode inserir seu reconhecimento facial”, antecipa.
Castro Júnior acrescenta que, em princípio, não haverá necessidade de fazer cadastro biométrico prévio no INSS, pois está em andamento um programa da Secretaria de Governo Digital, ligada ao Ministério da Economia, o cadastramento biométrico de todos os cidadãos em uma só base. Isso vai facilitar o cruzamento de dados e a identificação de todos que têm um título de eleitor, ou carteira de trabalho, por exemplo. O cadastro biométrico também poderá ser feito nos postos do INSS.
“Os segurados que optarem por não utilizar a biometria poderão usar os canais atuais para fazer a prova de vida, que são os bancos pagadores e as agências da Previdência”, informou Castro Júnior.
Mas nem sempre é fácil fazer a prova de vida. Na semana passada, por exemplo, uma pensionista em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, teve que ser levada de maca ao banco para provar que estava viva. O flagrante foi feito por um morador que passava pelo local e divulgado pelo site G1.
De acordo com a família, o pagamento da pensionista foi bloqueado no último mês, sem aviso prévio. A partir daí, os parentes foram em busca de uma procuração para tentar receber. No dia 17 de julho, eles conseguiram, mas disseram que teriam que ir até o Rio de Janeiro, no INSS, para validar o documento.
Já o INSS informou que “a prova de vida, realizada anualmente, normalmente é alertada pela Instituição bancária a fim de evitar o bloqueio do pagamento, e que na impossibilidade de comparecimento poderia ser apresentado na Agência do Instituto Nacional do Seguro Social (onde é mantido o benefício) uma procuração acompanhada de atestado médico informando quanto a impossibilidade de comparecimento, evitando assim o deslocamento da beneficiária, nos termos da Resolução nº 677/PRES/INSS, de 21 de março de 2019, ressaltando que para cadastro de procuração é necessária a criação de tarefa para o devido fim pelos canais remotos e posteriormente o procurador poderia comparecer a instituição bancária e realizar a prova de vida, ressaltando mais uma vez, sem necessidade da presença da beneficiária.”
O pagamento está previsto na Resolução 691 de 25 de julho, que cria um programa “trabalho desterritorializado”, onde o servidor pode receber e dar conta de demandas originadas de diversas localidades. Hoje, cada servidor é responsável por analisar os pedidos da agência na qual é lotado.
De acordo com o presidente do INSS, Renato Vieira, atualmente há cerca de 3,4 mil servidores analisando pedidos de aposentadoria, pensão e outros auxílios, mas com o Programa de Gestão na modalidade semipresencial, a expectativa é que já no próximo mês esse número dobre. Cabe ressaltar que o programa é uma experiência-piloto e será feita por adesão.
Os servidores que trabalham com atendimento continuarão tendo que cumprir a jornada diária. Paralelamente a isso, terão direito ao bônus. “O bônus será pago ao servidor que ultrapassar a meta de 90 análises e terá direito ao recebimento somente após o processo concluído”, acrescentou.