ANFIP desmonta falso deficit previdenciário no II Congresso Mundial de Aposentados

O presidente da ANFIP, Vilson Antonio Romero, proferiu a palestra de abertura do II Congresso Mundial dos Aposentados, na quinta-feira (9), sobre a falácia do deficit previdenciário. O evento, que ocorre em Araxá (MG), vai até domingo (12), reunindo autoridades políticas, dirigentes de entidades de trabalhadores e aposentados e especialistas em Previdência de diversas partes do mundo – recorde aqui como foi a abertura. O Congresso é promovido pela ANFIP, Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (Cobap) e Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi).

Romero explicou o sistema da Seguridade Social e apresentou dados sobre os desvios que ocorrem na Previdência para suprir gastos de outros setores do governo. Afirmou também que a atual proposta da reforma da Previdência fere os direitos adquiridos de milhões de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

Para a ANFIP, várias medidas podem ser tomadas antes que o governo implemente qualquer mudança radical no seguro social brasileiro, especialmente quanto à adoção da idade mínima e à desvinculação das aposentadorias do salário mínimo. Diferentemente do que o governo anuncia, a idade mínima não encontra consenso nos diversos segmentos da sociedade.

O dirigente também criticou a Desvinculação de Receitas da União (DRU), aprovada pela Câmara dos Deputados no dia 8 de junho, sob a forma de substitutivo às PECs 4/15, 87/15 e 112/15 (apensadas). O texto acatado, além de ampliar o prazo da desvinculação até dezembro de 2023, aumenta de 20% para 30% o desvio de recursos da Previdência Social, Assistência e Saúde. A DRU aprovada permite retirar até R$ 120 bilhões por ano dos recursos destinados aos programas sociais do governo.

O presidente da Entidade sugeriu ainda alguns pontos que devem ser considerados nas discussões sobre a reforma, tendo como foco a recuperação da dívida previdenciária, a equalização da contribuição do setor primário, a redução ou eliminação das renúncias, bem como a transparência da gestão do sistema.

Fonte: ANFIP

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