13º salário deve ser usado para projetar sonhos, investimentos e pagar dívidas

Thaís Restom, Portal Previdência Total

Muitos trabalhadores e aposentados acabam utilizando o 13º salário para quitar dívidas. Porém, para o educador financeiro Silvio Bianchi, da DSOP Educação Financeira, o destino desse dinheiro deveria ser apenas para a realização de sonhos.

Ele acredita que o salário regular dos trabalhadores tem que ser suficiente para pagar as despesas fixas mensais, e se isso não for possível, é porque há algo errado na distribuição dos gastos. “As pessoas precisam conhecer a fundo quanto ganham líquido, onde e quais valores gastam por mês, senão esse desconhecimento acaba se tornando uma bola de neve de dívidas”.

Segundo o especialista, o 13º salário deve ser usado para a aposentadoria, além de outros tipos de investimentos que possam garantir uma qualidade de vida tranquila no futuro. “A aposentadoria pública do INSS – que eu costumo me referir como ‘Isso Nunca Será Suficiente’ – precisa de uma complementação, que pode ser a previdência privada ou o Tesouro Direto”, observa Bianchi.

Para quem já está endividado e pretende usar o dinheiro do abono para regularizar os débitos, o educador afirma que o primeiro passo deve ser o apontamento das despesas durante o período de 30 dias, por meio de uma tabela separada por categorias, como ‘Água’ e ‘Telefone’. “Assim, é possível identificar todas as despesas, além de quais são supérfluas e que podem ser cortadas nesse momento de dificuldade financeira”, diz.

Silvio Bianchi ressalta que a identificação dos tipos de dívidas e as taxas de juros de cada uma é igualmente importante para ajudar na eliminação de todas elas. “A dívida com o cartão de crédito, por exemplo, pode resultar em um valor quatro a sete vezes maior que o montante devido. Ou seja, deve ser a primeira dívida negociada”.

Consignado

No caso dos aposentados e pensionistas, o educador alerta para o risco de se usar o dinheiro do 13º no crédito consignado. “Muitas vezes, e sem necessidade, os idosos são influenciados por familiares para realizar esse empréstimo em nome de terceiros. No entanto, é comprovado que a maioria deles não paga de volta o dinheiro concedido e acaba tornando o idoso um endividado”, finaliza.

Fonte: Previdência Total

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